Caso você tenha perdido, a Microsoft fez uma aquisição que abalou o setor no final do ano passado, comprando a Activision Blizzard King por impressionantes US$ 69 bilhões. No entanto, demorou muito para fechar devido ao intenso escrutínio de um punhado de fontes diferentes – uma delas sendo a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA. Agora, na sequência do corte de milhares de empregos pela Microsoft, a FTC está de volta ao caso da empresa, acusando-a de contradizer as declarações feitas em tribunal sobre como a empresa funcionaria após a aquisição.
As demissões mencionadas afetaram equipes da Activision Blizzard e Bethesda, bem como da Microsoft, com cerca de 1.900 funcionários demitidos. A Microsoft afirmou que esses cortes estavam sendo feitos para resolver “áreas de sobreposição” entre as empresas. Isso, segundo a FTC, vai contra o que a corporação de Redmond garantiu na Justiça antes do fechamento do negócio. Uma reclamação oficial foi emitida ao 9º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA. Nele, a FTC afirma que os cortes de empregos da Microsoft são “inconsistentes com a sugestão da Microsoft a este Tribunal de que as duas empresas operarão de forma independente após a fusão”.
Além disso, argumenta que a ação da Microsoft “mina a capacidade da FTC de ordenar uma medida eficaz caso o processo administrativo pendente resulte em uma determinação de que a aquisição da Activision pela Microsoft violou a Seção 7 da Lei Clayton”. Por outras palavras, se a aquisição for considerada ilegal – o que ainda é possível, uma vez que a FTC está a recorrer dela – as demissões impedem a FTC de ajudar as pessoas afectadas.
Desde que esta reclamação foi apresentada, a equipe jurídica da Microsoft emitiu uma declaração sobre o assunto. Compartilhado pelo jornalista Stephen Totilo, a Microsoft diz essencialmente que a Activision já estava planejando uma rodada de demissões antes de serem adquiridas. “A Activision já estava planejando eliminar um número significativo de empregos enquanto ainda operava como uma empresa independente”, diz a carta.
Ainda não estamos fora de perigo, então. O que você acha de tudo isso? Discuta na seção de comentários abaixo.